quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sabe, essa noite não dormi direito...
Fiquei pensando na vida. Nas coisas que teria que fazer já pela manhã. Na formatura. Na finalização do TCC. Da viagem a São Paulo agora em junho.
Pensei em como Papai do Céu é bom comigo.
Na família e amigos maravilhosos que tenho. Por ter um lar aconchegante.
Pensei em como é bom sentir-se feliz e nesse momento, pensei em você.
Pensei em como seria bom sentir teu cheio, teu calor, teu abrigo, ter teu amor.
Como seria lindo o céu estralado visto por nós dos na beira da praia.
Como seria linda a canção que ouviríamos no rádio.
Pensei nas coisas que faríamos juntos.
Nos planos e discussões.
Na entrega, na cobrança e no compartilhamento.
Nossa... Como seria bom dormir nos teus braços...
Dormir...
Até então, já havia passado mais de 4 horas e eu ainda sem dormir, pensando em você, no teu calor, no teu abraço e no teu sabor.
Por onde você anda?
Quem é você?
Você que habita meus sonhos...
... homem sem rosto....

Adormeço.

zzZZzzZZzzZZzz

Olha minha sorte, sonho com você.
Te vejo, te sinto, te toco, te tenho...
Oooo delícia...

Ao acordar percebo que não estais do meu lado. Desilusão.
Não vejo a hora de acordar desse pesadelo e te ter realmente do meu lado
Dormindo ou acordada. Não importa.
Apenas quero ter você.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Se cada um fizer uma “coisinha”...

Redação de jaraguaense sobre como mudar o mundo rende prêmio à estudante

Bastou um convite da professora de português Edileny Machado, da Escola Municipal Cristina Marcatto, para que a aluna do 9º ano, Jeniffer da Rosa França, 13 anos, se inspirasse para escrever a redação vencedora do concurso do 2º Congresso Sul-brasileiro de Gestão Pública, em Curitiba.A estudante se destacou entre os mais de cinco mil adolescentes dos três Estados do Sul do País, que escreveram sobre o tema “O melhor jeito de mudar o mundo”. Além de uma homenagem, Jeniffer ganhou um netbook como prêmio.Mesmo tendo enviado o texto intitulado “Pequenas Ações” pelos Correios para Curitiba com alguns dias de atraso, a aluna conquistou a primeira posição do concurso, escrevendo sobre pequenas ações que ela e seus amigos de escola fazem para mudar o mundo. “Falei sobre reciclagem e sobre como ajudar as pessoas sem barreira social. Independentemente de raça ou classe”, conta a menina.Jenniffer já havia participado de concursos de redação realizados pela Prefeitura de Jaraguá do Sul, mas esta foi a primeira vez que conquistou um prêmio.Quando soube do resultado, há uma semana, sua mãe, Marilete, 33, quase explodiu de emoção. “Quando telefonaram avisando da premiação, eu estava na casa de uma amiga. Era para os meus pais terem me buscado às 19 horas de lá, mas chegaram já às 16 horas para contar a novidade. Fiquei muito feliz com o resultado”, relembra a aluna. Mesmo com o gosto pela escrita, Jennifer ainda não sabe que carreira seguir. “Gosto muito de ler e escrever. Mas ainda não sei se quero seguir esta carreira. Acho que quero escrever apenas como hobby”, fala.A premiação ocorreu na semana passada, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). “Tinha muita gente, fiquei nervosa na hora de receber o prêmio”, conta.

PEQUENAS AÇÕES POR JENIFFER DA ROSA FRANÇA

Quando somos adolescentes, mudar o mundo parece uma coisa muito difícil e distante. Mas se pensarmos bem, são pequenas ações que fazem o mundo um lugar melhor, são coisinhas que direta ou indiretamente fazem a diferença, seja na escola, em casa, no bairro, na cidade, no país... Nós sempre somos conscientizados desde pequenos sobre problemas como: desigualdade, tanto social quanto racial, destruição do meio ambiente, fome, miséria, doenças, enfim, sobre a maioria dos problemas, alguns parecem meio impossíveis para serem resolvidos por adolescentes, porém se você faz um trabalho social voluntário, por exemplo, que doe comida e roupas para pessoas carentes, você ajuda nos problemas de fome e miséria e ainda na desigualdade, por que quando você estiver lá, ajudando, não vai importar se a outra pessoa que também está lá é negra ou branca, pobre ou rica, se tem limitações ou não, se é hetero, bi ou homossexual, o que vai importar realmente é que vocês estão ajudando outra pessoa, que estão tirando dela a fome, miséria e tudo mais.
A educação que deveria ser igual pra todos, independente do lugar que se mora, da escola que se estuda, de quem você é, a prioridade deveria ser a qualidade do ensino, não isso. E sim, nós, adolescentes, podemos, sim, mudar essa realidade. É claro que não podemos mudar tudo, mas se tem aquele colega que sempre fica nervoso quando se tem que ler algo para o público e você mostra a ele que não é preciso ficar assim, você acaba melhorando o desempenho dele, aumenta assim o rendimento da turma e a qualidade.
A qualidade de vida também é uma coisa que podemos melhorar, se nós nos conscientizarmos que fazendo exercícios físicos, comendo alimentos saudáveis e tendo um cuidado com o nosso corpo vamos melhorar nossa vida, é assim que se conscientiza e se conseguirmos passar isso adiante, vamos melhorar não só nossa vida mais de outras pessoas também, e assim evitamos doenças por falta de cuidados básicos.
Se cada um fizer pelo menos uma coisinha para ajudar o mundo, uma coisa que estiver ao seu alcance, vai, sim, fazer a diferença no final, porque são pequenas ações juntas que resolvem do problema mais difícil ao mais fácil.


AN Jaraguá

terça-feira, 11 de maio de 2010

Afastar uma mulher é mais difícil que conquistá-la


Por Paulo RebêloDe São Paulo (SP)

A gente se preocupa demais em conquistar as mulheres. Sempre sob a doce ilusão de que somos nós os responsáveis por cativá-las o interesse.
O difícil não é conquistar. Nem manter a continuidade da conquista. É exatamente o oposto: fazer com que elas percam o interesse na gente e tomem a decisão de ir embora por conta própria. Fica o desafio a quem quiser arriscar.
Os homens tendem a achar que, quando se perde o interesse por alguém, basta ir ali comprar cigarro ou arrumar outra. Azar nosso e delas, pois a maioria das mulheres pensa diferente.
Porque a feiúra é o ícone da paixão irracional. Se beleza não põe mesa, mas abre o apetite, para elas a fome é multifacetada.
Quantos homens feios você conhece que estão com mulheres maravilhosas? Uma centena. Já fui um deles. E não sei explicar. Ninguém sabe. O olho de Thundera feminino vai muito além de personalidade ou inteligência.
No auge da minha juventude e de uma vã filosofia de botequim, imaginei que se eu procurasse ficar muito feio, talvez tão feio quanto o Cegonha, eu voltaria a ficar solteiro sem o peso na consciência de acabar o relacionamento com uma moça linda, inteligente e que gostava muito de mim.
Deu sorte, consegui o impensável: ficar mais feio do que já era. Deu zebra, consegui o improvável: ela passou a gostar ainda mais.
Parei de tomar banho antes de sair à noite nos finais de semana. Na época (período cretáceo) eu jogava bola e pedalava feito maluco. Esperei uma reclamação, mas tudo que ouvi foi "adoro cheiro de pele".
Aboli tênis e sapatos, passei a sair apenas de chinelo e com camisas velhas. Esperei um puxão de orelha, mas descobri que ela adorou o novo visual roots-maconhão. Até hoje uso as mesmas camisas que usava há quinze, vinte anos. Remendadas ou furadas.
Tentei de tudo para assustá-la, não deu certo. Até que acabei o namoro para carregar o peso na consciência até hoje.
E assim os anos e as mulheres foram passando. E o homem feio ficando ainda mais feio.
Parei de fazer a barba e, azar o meu, terminei gostando tanto quanto elas. Hoje sou o sapo barbudo que assusta criancinhas na piscina.
Parei de jogar bola e pedalar.
Engravidei de banha e colesterol. Tenho um filho de dez anos chamado gastrite, outro de cinco anos chamado esofagite. E abortei um, com quase nove meses de gestação, chamado laringite.
Ainda hoje, passados tantos anos, me assusto com tantas mulheres que gostam de uma pança fofa e peluda. Pior que eu também gosto da minha protuberância fronto-abdominal, é ótimo para colocar a caneca de cerveja em cima sem derrubar. Ou o prato de comida em frente à TV.
Troquei a água mineral pelo rum, os sucos pela cerveja, o guaraná pelo uísque. E elas às vezes adoram o bafo de cana, é impressionante. Aprendem a beber e a diferenciar uísque e vodca de qualidade.
Você pode seguir minha aula de história para acabar seu relacionamento. Talvez funcione, mas nada garante que ela vá parar de ter esperanças que você mude e volte.
Tem a traição. Não duvide se, traição consumada, ela diga que vocês podem conversar e resolver a questão de modo civilizado, deixar o erro para trás e olhar para frente.
Tempos passados, ainda imaginei que os homens feios tivessem sorte apenas com uma determinada faixa etária. A sociedade me provou ser apenas outra doce ilusão.
Ninfetas, balzaquianas e pequenas burguesas se encantam do mesmo jeito pela nossa feiúra.
Você arrota, peida, ronca igual a um trator velho, come uma fileira de costelas de boi, detona um porco inteiro na grelha, esquece o forno ligado quando vai dormir, chega atrasado no aniversário dela e não vê a menor diferença quando ela apara dois centímetros da franja.
E elas continuam achando você lindo.
Vá entender. Será o feio o new beautiful? Não sei. Mas sei que os homens ainda não chegaram neste avançado estágio da evolução. Conosco não funciona. Por favor, não engordem tanto. E voltem a usar vestidos.

Terra Magazine

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Recebi por email:

Carta aberta a uma autoridade da justiça

22/04/2010

Senhora Dembargadora

Li no Diário Catarinense e ouvi gravações, feitas por um policial em um celular, sobre a blitz em que o veículo do seu filho precisou ser apreendido em razão da documentação vencida.

Já passei por isso também. É comum, sim. Nessa luta inglória contra o relógio, não há quem não escorregue na pontualidade com os compromissos diários, não é mesmo? Se bem que o IPVA de 2009 do carro de seu filho não havia sido pago, além de multas. Contudo, vamos considerar isso normal.

Entretanto, senhora desembargadora, a roda-viva que abrevia o nosso tempo não pode nos roubar o que há de mais sagrado em uma nação democrática: a ética. Imagine se todas as autoridades se achassem no direito de estar acima das leis, como a senhora o fez, ao querer exigir que o carro fosse liberado, mesmo irregular, porque pertencia ao filho de uma desembargadora.

Meu peito se comprimiu, uma nuvem afogou o meu cérebro, talvez ainda perturbado pelo episódio anterior, em que um ex-desembargador exigia que uma funcionária do Tribunal dividisse a gratificação de função com a sua esposa.

Como é possível, senhora desembargadora, trabalhar o equilíbrio social de uma nação se as leis valem menos do que uma atitude? A réplica do policial à sua irreverência – “sabem com quem estão falando?” – é um sentimento fiel à dignidade humana: “então a senhora é que deveria dar exemplo”. Esse policial serve de espelho à uma instituição, que carece de maior confiança, em razão de alguns poucos militares se envolverem em trapaças e drogas. Esse policial me emocionou e me fez acreditar que essa nação pode resgatar, sim, a ética da autoridade, do político e a moral pública.

O ex-desembargador Marcílio Medeiros, falecido recentemente aos 95 anos, dizia, em seus artigos publicados em O Estado, que o equilíbrio de uma nação dependia substancialmente de uma justiça exemplar. Os países de maior referência democrática, como Finlândia, Suécia, Dinamarca e outros, têm um poder judiciário implacável, obstinado. O Brasil não é exemplar em democracia. A sua corrupção é epidêmica, rouba cerca de 10% do que pagamos de impostos municipais, estaduais e federais. E, até que prove o contrário, a justiça, se não for omissa e lenta, é conivente.

Procuro fugir ao ceticismo, mas sempre me vejo empurrado por comportamentos que agridem as leis. Já vi juízes escondendo a placa de veículos oficiais em viagem de férias, o presidente do Tribunal de São Paulo superfaturando obras públicas, e até mesmo juízes que soltaram bandidos sem justificar o mérito. Ainda não me convenci da decisão do Superior Tribunal de Justiça de proibir as investigações em torno das denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas. Enfim, há dezenas de exemplos que me lançam ao pessimismo. Mas, até pouco tempo, eu juraria que o nosso Tribunal fosse movido pela ética e seriedade. O primeiro baque foi a denúncia contra o desembargador que queria a metade do salário de uma funcionária, aliás, uma atitude tão mesquinha que nos desassossega diante da vulnerabilidade do poder judiciário. Agora, a senhora afronta policiais, que cumpriam suas obrigações, exigindo que eles driblassem a lei e liberassem o carro do seu filho.

O que a senhora me recomenda? Acreditar ainda na justiça? Bem, o jornalista Pimenta Neves, que confessou ter assassinado a sua namorada Sandra Gomide, continua solto faz 15 anos, por força de um habeas corpus. E, no entanto, uma menina é equivocadamente jogada em uma cela cheia de bandidos e estuprada, além de sofrer outras violências, tudo porque uma juíza não examinou como deveria a denúncia contra a vítima. A menina depreciada só vê o tempo passar, em meio ao fantasma da violência, enquanto a juíza acaba de ser aposentada.

Senhora desembargadora, escrevo esta carta aberta, sem precisar citar o seu nome, em busca de uma resposta: ainda podemos acreditar na recuperação de uma Nação vilipendiada em seus direitos por dezenas de anos? Por que a abominável lei de Gerson ainda contamina os poderes? Por que a arrogância e a tirania infectam o ser humano, principalmente quando se torna autoridade?

Imagine se ao invés de desafiar os policiais, a senhora tivesse cumprimentado-os e conduzido seu filho para casa, advertindo-o de que a sua posição de magistrada não poderia ser comprometida por documentos irregulares de um carro? Com certeza os policiais teriam aplaudido a sua atitude e seu filho recebido uma lição inesquecível. Mas a senhora não pensou: apenas impôs uma autoridade que, para a saúde da sociedade, não superou a ética de um simples policial.

Seu filho, com certeza, desconhece leis. Pra quê, não é mesmo? A lei é a senhora. Mas, felizmente, a senhora recebeu uma lição de ética, justamente daquele moço que não deve ter um certificado de ensino superior, mas possui um diploma invejável, de um profissional ético. Hoje, eu acredito na polícia. Mas como acreditar só na polícia se é a justiça que manda prender e soltar bandidos?

Senhora desembargadora, meu único objetivo é provocar-lhe uma reflexão. Contudo, não chegaremos à nenhuma conclusão relevante, até porque o próprio Tribunal de Justiça se omite nestas questões. O Tribunal se acha no direito de punir o cidadão fora da lei, mas foge ao dever de obrigar que seus membros sejam os primeiros a darem exemplo de ética e dignidade.

Laudelino José Sardá
Jornalista, professor.

Fonte: Acontecendo Aqui